Qual o papel do RH para ajudar a manter o controle emocional no trabalho?

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Muito se discute sobre estratégia de gestão de pessoas, levantamento de indicadores de desempenho ou transformação digital no RH. No entanto, muitas vezes, um importante assunto é deixado em segundo plano: o controle emocional no trabalho.

É impossível sustentar profissionais e equipes saudáveis sem a presença do controle emocional. Além disso, fica muito difícil arquitetar empresas competitivas e capazes de superar seus demais competidores. Portanto, o assunto é de interesse de todos.

Nos tópicos seguintes, explicamos qual o papel do RH para ajudar a manter o controle emocional no trabalho e como isso pode ser feito. Então, continue a leitura!

Qual o papel do RH no controle emocional?

Nas duas últimas décadas, o departamento de RH passou por grandes mudanças. Ele deixou de cuidar apenas das tarefas mais operacionais e burocráticas, como o cumprimento da folha de pagamento, e passou a focar tarefas profundas e estratégicas.

O controle emocional dos profissionais e equipes é um bom exemplo disso. É papel do RH promover mudanças e melhorias que garantam o bem-estar, tanto físico quanto mental, dos colaboradores, além de treinamentos que desenvolvam a chamada inteligência emocional.

No entanto, isso não é feito somente pelo RH. É um trabalho conjunto, que envolve outros departamentos, líderes de equipes e até os próprios colaboradores.

Nesse contexto, o RH atua como um coordenador. Ele se empenha para que as melhores práticas sejam integradas ao expediente e adotadas pelos profissionais e líderes. Assim, os resultados em termos de controle emocional podem ser mais profundos e duradouros.

Como ajudar a manter o controle emocional no trabalho?

Primeiro, é preciso deixar claro: o controle emocional depende de um trabalho contínuo. É preciso sempre pensar no bem-estar mental dos profissionais e no aprimoramento da inteligência emocional das equipes. Adiante, explicamos como fazer isso.

Promova o equilíbrio entre as vidas pessoal e profissional

Um dos principais motivos para o descontrole emocional é a falta de equilíbrio. Ou seja, profissionais que se dedicam demais ao trabalho diário e deixam de dar atenção às coisas pessoais, como a saúde ou o lazer em família.

Em vista disso, incentive os talentos para a construção de uma vida mais balanceada. Mostre que é preciso chegar a um meio-termo e explique como isso pode ser feito.

Por exemplo, reduza o número de horas extras que são feitas mensalmente. Estimule os talentos à prática de exercícios físicos, peça que frequentem mais vezes o médico e que dediquem mais tempo à família, ao lazer ou aos amigos.

Todas essas pequenas mudanças podem fazer com que os profissionais sejam mais felizes e dispostos no expediente, aumentando o bem-estar e a produtividade.

Melhore a comunicação interna empresarial

A comunicação interna empresarial é um elemento-chave para o controle emocional. Quando os profissionais deixam de dialogar, o número de erros, conversas paralelas e até conflitos tende a aumentar. Por consequência, surgem problemas emocionais.

Para melhorar a comunicação, atue em duas principais vertentes: I) a conscientização dos profissionais e II) a adoção de canais que facilitem a troca de mensagens.

Então, em primeiro lugar, busque conscientizar todos os colaboradores — a partir do CEO da empresa — de que a comunicação interna é um elemento crucial. Diga que, sem diálogo, o desalinhamento vai afetar o trabalho diário e tornar tudo mais complicado.

Depois, invista na integração de canais que viabilizem o que está sendo dito. O uso de murais de recados, redes sociais corporativas, aplicativos mobile ou softwares dedicados é uma solução em potencial. É preciso avaliar os canais que mais se adequam à empresa.

Adote treinamentos de inteligência emocional

A inteligência emocional é algo crucial ao mundo dos negócios. Se os profissionais são impulsivos ou apáticos aos seus colegas de trabalho, uma série de problemas pode surgir, e isso, certamente, vai desestabilizar o empreendimento.

Para ficar mais claro, a inteligência emocional se baseia em 5 pilares: autoconhecimento, autocontrole, automotivação, empatia e habilidade para se relacionar com os outros.

Veja que, dependendo do nível de empenho do profissional, todos esses pilares podem ser desenvolvidos. O RH pode ajudar ao oferecer treinamentos, dinâmicas e jogos em grupo que facilitem o desenvolvimento dessas competências comportamentais.

É interessante, ainda, adotar um programa de desenvolvimento da inteligência emocional com ênfase nos líderes de equipe. Assim, eles poderão melhorar a forma como lidam com as adversidades diárias e direcionam seus subordinados diariamente.

Faça o empregado se sentir valorizado e confiante

Por fim, é interessante adotar políticas de valorização dos talentos. Muitos profissionais sentem-se desvalorizados e acham que seu esforço diário não é reconhecido pelo superior imediato. Isso pode afetar negativamente o equilíbrio emocional do profissional.

Nesse caso, é interessante adotar políticas de reconhecimento. Os líderes imediatos precisam aprender a elogiar seus subordinados, quando o trabalho é bem realizado. Em alguns casos, um e-mail ou uma carta de agradecimento podem contar bastante.

Todavia, tenha cuidado para não ficar só no elogio. Estabeleça recompensas para os profissionais mais proeminentes, como uma bonificação financeira, uma vaga exclusiva na garagem ou uma promoção. Assim, você mostrará que valoriza seus colaboradores.

Quais os benefícios do controle emocional no trabalho?

Como dito a princípio, são muitas as vantagens, tanto para a organização quanto para o profissional. Os talentos podem experimentar uma maior qualidade de vida e também podem se sentir valorizados e parte de um verdadeiro time de trabalho.

A empresa, por sua vez, pode contar com colaboradores mais equilibrados, inteligentes emocionalmente e capazes de entregar resultados fora do lugar-comum. Isso é crucial para qualquer empreendimento que deseja crescer e superar seus competidores.

Há, por fim, que se destacar os benefícios para a gestão de pessoas. Ao promover uma maior medida de controle emocional, o RH poderá mitigar taxas de turnover e absenteísmo, além de alavancar os indicadores de satisfação e lealdade à empresa.

Veja, agora, você está por dentro do tema. Lembre-se sempre de que o RH é um protagonista quando o assunto é controle emocional no trabalho. Então, para exercer o seu papel, é fundamental promover um maior equilíbrio entre as vidas pessoal e profissional dos colaboradores, melhorar a comunicação interna, adotar programas de treinamento e recompensar os empregados.

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