Há uma série de tendências de RH para 2019. Elas vão desde o uso de grandes volumes de dados até entrevistas por vídeo, passando por estruturas hierárquicas mais enxutas e descentralizadas. Desse modo, os gestores precisam se empenhar para acompanhar as mudanças.
Elas resultam de avanços dentro e fora das organizações. O mercado, por exemplo, passa por uma forte transição no que diz respeito à tecnologia. Por outro lado, antigos conceitos ligados à estrutura, comando e controle deixam de existir dentro das empresas.
Essas mudanças são não só importantes, mas também estratégicas. Por meio delas, é possível criar uma organização mais inventiva e competitiva, capaz de sobrepor-se à concorrência. Nos próximos tópicos, explicamos as seis principais tendências de RH para 2019 e como aproveitá-las. Confira!
1. Automação do trabalho
Um estudo recente afirma que, até 2030, robôs devem “roubar” 800 milhões de empregos no mundo. Mas não é preciso esperar tanto para constatar isso, hoje mesmo a automação ocorre com intensidade e tem reformulado a gestão de pessoas.
Os pesquisadores Carl Frey e Michael Osborne da Oxford University descobriram que 47% dos empregos nos Estados Unidos estão em risco. Os cargos propensos à automação são os mais burocráticos e repetitivos, por exemplo, o de operador de telemarketing.
Essa automação também é uma realidade na gestão de pessoas. Muitas das práticas mais tradicionais, como a triagem de currículos, já podem ser deixadas a cargo de sistemas. Sendo assim, cabe aos gestores focar nos pontos estratégicos e terceirizar outras atividades.
O aumento da automação em 2019 não é um problema. Na verdade, é uma grande chance de tornar o trabalho mais ágil, seguro e eficaz. Para tanto, o RH terá que redesenhar seus processos, “enxugar” as equipes e realocar seus colaboradores.
2. Flexibilização da estrutura
A demanda por novas soluções e organizações mais disruptivas é latente. Para desenvolvê-las, é preciso encontrar formas diferenciadas de estimular a participação e a criatividade do time.
Nesse contexto, estruturas rígidas e que propagam frases do tipo “manda quem pode, obedece quem tem juízo” estão com seus dias contados. A tendência é a criação de estruturas mais flexíveis, que permitam o intraempreendedorismo e a inventividade.
Um modelo estrutural que tem ganhado destaque é a holocracia. Ela se caracteriza pela remoção dos níveis de chefia e estimula o trabalho por meio de projetos com equipes auto-organizadas. A loja Zappos é protagonista nesse conceito.
Ainda que não aposte em um modelo tão flexível como a holocracia, o interessante é enfraquecer a ideia de “comando e controle”. Elimine a microgestão, permita que os talentos desenvolvam projetos próprios e tenham mais elasticidade no trabalho.
3. Treinamentos por Mobile Learning
As pessoas começaram a ser treinadas na pré-história. O objetivo era torná-las aptas para a caça, pesca e guerra. Logo, sempre foi algo essencial à sobrevivência e evolução. Nas organizações, o movimento é mais recente e muito mais estratégico.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento, os profissionais brasileiros passam por uma média de 21 horas de treinamento por ano. O mais impressionante é que os meios de treinamento e desenvolvimento têm evoluído.
Para 2019, a tendência é o Mobile Learning (ou só M-learning), que se trata da capacitação por meio de dispositivos móveis. Nesse sentido, o smartphone e o tablet tornam-se fortes ferramentas para o crescimento pessoal e profissional.
Diferentemente de outros modelos, o M-learning conta com capacitações mais dinâmicas e objetivas, ou seja, que vão direto ao ponto — chamadas de “pílulas de conhecimento”. Elas podem ocorrer por meio de vídeo, games, áudio, slide ou só texto.
4. Novas táticas para recrutamento e seleção
Todo gestor sabe que o recrutamento e seleção (R&S) é um dos processos mais importantes da gestão de pessoas, se não o mais importante. Exatamente por isso, o surgimento de novas tecnologias e métodos destinados à contratação é comum.
Em 2019, muitas soluções ganham espaço. O recrutamento às cegas é um exemplo. Nele, dados que podem gerar preconceito (como gênero, idade, endereço e estado civil) são omitidos do currículo. O objetivo é avaliar apenas as competências técnicas e comportamentais. Depois, os candidatos mais bem posicionados são convocados para a entrevista.
Outro exemplo é a entrevista por vídeo. O dia a dia está muito corrido e nem sempre é viável marcar uma entrevista presencial. Nesses casos, usar plataformas de vídeo para entrevistar é uma ótima estratégia. Além de economizar tempo, energia e dinheiro, ela também permite o registro da entrevista e o compartilhamento com outros líderes.
Por fim, é preciso destacar os softwares de recrutamento e seleção. Eles já são usados em diversas empresas, mas a perspectiva é de aumento das suas funcionalidades. Mais funções serão automatizadas, como o envio de feedbacks aos candidatos à vaga.
5. Aproximação do RH com outros setores
O RH é essencial para o alto desempenho das empresas. Para entregar melhores resultados, o setor tem se aproximado de outras áreas — por exemplo, marketing, relações públicas e TI. Assim, consegue criar e executar boas estratégias.
Essa aproximação do RH aos outros setores é uma forte tendência. Ao lado da área de relações públicas, por exemplo, esse setor pode criar estratégias para se comunicar com quem está dentro da empresa, propagar seus valores e crenças de trabalho.
Com o setor de marketing, pode arquitetar uma forte marca do empregador e iniciar campanhas de endomarketing. Já com o TI, pode empregar novas tecnologias para análise e uso de grandes volumes de dados, como o Big Data ou Business Intelligence.
A verdade é que o setor de RH tem se tornado mais complexo. Por isso, precisa de novos parceiros e de novas tecnologias. Em contrapartida, pode entregar resultados fora do lugar-comum e contribuir bastante para o crescimento da organização.
Essas são algumas das principais tendências de RH para 2019. É importante ficar atento a elas e aprimorar as práticas atuais. Seja por meio da integração de novas tecnologias ou da aproximação dos outros setores, o importante é melhorar sempre e gerar grandes resultados à organização e aos funcionários. Assim, o RH terá cumprido seu papel.
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